AUGUSTO PIRES

Dicas, Religião, informação e Ciências...

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Há oito dias do segundo turno das eleições para governador do Acre, o gasto com pesquisas eleitorais já ultrapassa a cifra de R$ 1 milhão. A prevalência das pesquisas qualitativas sobre a intuição politica se torna a cada ano uma das ferramentas mais poderosas das eleições e à medida que vai se aproximando o dia “D”, os debates em torno dos levantamentos estatísticos ficam cada vez mais acirrados e os investimentos também. Entre os dias 08 e 18 de outubro, partidos políticos, sites e uma rede de televisão, estão desembolsando R$ 212.837. Um total de 4.712 pessoas foram ouvidas com o único objetivo: conhecer qual a sua intenção de voto.
Se recorrermos aos dados declarados através do registro de pesquisas disponibilizado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE), em 2014, por 24 vezes,  uma parcela do povo acreano foi interrogada sobre em quem votaria aos cargos de presidente, governo, senado, deputado federal e deputado federal. Do universo de 506.723 eleitores, 33.504 (6,5%) foi entrevistado por cinco institutos diferentes que se revezaram na tabulação dos dados. Esse número não foi maior porque o TRE impugnou 8 pesquisas.
O Instituto Delta, conhecido como o que melhor se aproxima dos resultados das urnas, foi quem mais ouviu eleitores, um total de 13.200 no primeiro turno. O Phoênix, estranhamente contratado por empresas do estado de Rondônia, colocou seus pesquisadores nas ruas 9 vezes e ouviu 8.768 eleitores. O Vox Populi, contratado 5 vezes no primeiro turno, 4 delas pelo Partido dos Trabalhadores, ouviu 6.100 eleitores. O Instituto Data Control, em uma única pesquisa registrada, a pedido do site Contilnet, ouviu 3.000 eleitores. Quem menos ouviu eleitores no primeiro turno através de sua metodologia foi o Ibope, contratado pela Rede Amazônica de Televisão, um total de 2.436 pessoas ouvidas em três pesquisas de campo.
Com relação às eleições anteriores, esse é o maior volume de pesquisas já registrado. Talvez por isso os candidatos a cargos majoritários reclamaram tanto dos números divulgados, contribuindo com uma verdadeira guerra digital pelasredes sociais, onde cada militante ou simpatizante puxou para sua sardinha seguindo a teoria de que as pesquisas acabam influenciando no resultado das eleições.
Embora não exista nenhum estudo sobre a influência das pesquisas no voto dos eleitores, a Associação Mundial de Pesquisa de Opinião Pública chegou a resultados “inconclusivos” sobre a questão e afirmou à Revista Veja semana passada, que quando ocorre essa influência, o efeito mais comum é levar os indecisos ou sem voto definido (os chamados volúveis) a optar pelo candidato que tem mais probabilidade de vencer ou que está na frente nas pesquisas. Mas nem sempre isso é regra.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial