AUGUSTO PIRES

Dicas, Religião, informação e Ciências...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

VEM AI O DIA DO BEM - UDV


ESTAMOS NÓS APROXIMANDO DE MAIS UM DIA DO BEM, PROMOVIDO PELO DEPARTAMENTO DE BENEFICÊNCIA DA UNIÃO DO VEGETAL É UM MOMENTO DE GRANDE RELEVÂNCIA. TEREMOS AÇÕES LIGADO A BENEFICÊNCIAS AS PESSOAS DE TARAUACÁ...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

JORDÃO: Saúde e Acesso ao municipio são os dois principais desafios para o desenvolvimento

Elson Farias, prefeito do Jordão, reuniu-se na tarde desta quinta-feira, 14, com o governador Tião Viana, em sua primeira audiência oficial. Os desafios que o município enfrenta estiveram na pauta de discussões. A saúde e o acesso à cidade são as principais preocupações da prefeitura. Os deputados estaduais Moisés Diniz e Eduardo Farias, do PC do B, acompanharam a reunião.
O aeródromo da cidade precisa de manutenção. Ele recebe cinco vôos semanais que ligam Jordão a Tarauacá e Rio Branco. A produção é um dos setores em que o governador Tião Viana se comprometeu a desenvolver através dos diversos programas do setor produtivo executados pelo governo do Estado.
“O governador Tião Viana vai construir açudes e distribuir alevinos, além de criar um programa de criação de porcos e distribuir pintos para a criação de aves. Em relação à saúde, o maior problema é a falta de médicos. Mesmo a prefeitura pagando um salário de R$ 24 mil, não estamos encontrando um profissional que se disponha a viver no município. O ideal seria um clínico-geral”, disse o prefeito.
O deputado Eduardo Farias, ao lado de Moisés Diniz, colocou a Assembleia Legislativa à disposição para o que for possível. “Foi uma primeira reunião, bastante produtiva, na qual governador e prefeito puderam estreitar os laços e fortalecer a parceria”, comentou Farias.
Tatiana Campos Agência de Notícias do Acre

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

CRONOLOGIA DA VIDA DE LUIZ GONZAGA

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CRONOLOGIA DA VIDA DE LUIZ GONZAGA

1709

Vindo de Portugal, Leonel Alencar chega na região do Exu. Confraternizando com a tribo de índios que vivia ali, os Açus, cuja corruptela do nome daria Axu e logo depois Exu, Leonel Alencar, acompanhado de 3 irmãos, fundou a fazenda Várzea Grande. Depois nasceram as fazendas, Caiçara, de Bodocó, de Salgueiro e da Gameleira. Nesta última, situada no pé da serra do Araripe foi fundado posteriormente o povoado de Exu. Hoje chamado de Exu Velho.

1779

O termo de Exu, situado junto a Serra do Araripe, foi confirmado como Freguesia em 14 de Outubro deste ano.

1846

A Freguesia do Exu foi elevada à Povoação em 30 de Maio deste ano, pela Lei 150.

1858

A Povoação do Exu foi confirmada como Vila em 02 de Junho deste ano, pela Lei 442.

1860

Chega na serra do Araripe, Dona Januária, vinda de Missão Velha no Ceará. Acompanhada de sua filha Efigênia, se empregou na fazenda Caiçara. José Moreira Franco de Alencar casou com Efigênia. Da união nasceram quatro filhas, uma delas Ana Batista, conhecida por Santana. Quando completou 15 anos, Santana viu chegar na Fazenda Caiçara, Januário e seu irmão mais velho, Pedro Anselmo, oriundos não se sabe se de Flores ou de Pajeú das Flores, em Pernambuco. Januário foi logo deitando os olhos em Santana.

1863

A sede da então Vila do Exu foi transferida para Granito, por força da Lei 548 de 09 de Abril deste ano. Exu possuía neste último ano um Juiz Municipal, um Tabelionato, três Distritos de Paz, um Subdelegado de Polícia, uma agência de Correios, 27 eleitores, estando subordinada a Comarca de Cabrobó.

1888

Bem no estilo feudal era senhor de braço e cutelo de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, que em 15 de Novembro deste ano foi agraciado pelo Imperador D. Pedro II com o título de Barão de Exu.

1909

Januário José dos Santos, vindo dos Quidutes e dos Anselmos. Conhecido tocador de fole de 8 baixos, subiu a encosta da Serra do Araripe com destino à chapada. Mas ficou na Fazenda Caiçara, quase no sopé da Serra, propriedade do Barão do Exú, bem onde começava o Rio Brígida que ia desembocar no São Francisco.
Ana Batista de Jesus, ou simplesmente Santana, era uma cabocla bonita, e deixava muito olhar na esteira do seu caminho, sedentos daqueles olhos bonitos, daquele gingado de marrã bravia. Daí o cuidado de Efigênia, sua mãe, conhecida por Figênia.
Espantava os mais afoitos, animava os de melhor qualidade. E Januário caíra nas suas graças. E na Igreja de Exú, em Setembro de 1909, o casamento foi feito, sem arranjo, sem arrumação e principalmente sem samba. Claro: o único tocador de forró da região era o noivo... E numa casucha construída com os amigos, Januário lá se foi morar com Santana, morena formosa e de olhos estranhamente verdes, que endoidavam os cabras. E Januário tinha pressa, não ia perder tempo depois dos sacramentos...
“Fez cum ela o sanfoneiro
Um casamento feliz
E dos nove qui nascêro
Um desses nove é Luiz..."

1912

No dia 13 de Dezembro, uma sexta-feira, nasce, na fazenda Caiçara, terras do barão de Exu, o segundo dos nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, que na pia batismal da matriz de Exu recebe o nome de Luiz (por ser o dia de Santa Luzia) Gonzaga (por sugestão do vigário) Nascimento (por ter nascido em dezembro, também mês de nascimento de Jesus Cristo).

1915

Nasce no dia 05 de Janeiro, Humberto Cavalcanti Teixeira

1920

Luiz Gonzaga, com apenas 8 (oito) anos de idade substitui um sanfoneiro em festa tradicional na fazenda Caiçara, no Araripe, Exu, a pedido de amigos do pai. Canta e toca a noite inteira e, pela primeira vez, recebe o que hoje se chamaria cachê; o dinheiro - 20$000 (vinte mil réis) - "amolece" o espírito da mãe, que não o queria sanfoneiro. A partir daí, os convites para animar festas - ou sambas, como se dizia na época - tornam-se freqüentes. Antes mesmo de completar 16 anos, "Luiz de Januário", "Lula" ou Luiz Gonzaga já é nome conhecido no Araripe e em toda a redondeza, como Canoa Brava, Viração, Bodocó e Rancharia.

1921

Em Carnaíba das Flores, município Pernambucano do sertão do Alto Pajeú, nasce em 27 de Fevereiro José de Souza Dantas Filho, que viria a ser um dos mais importantes parceiros na obra de Luiz Gonzaga.

1924

Houve uma grande cheia e o rio Brígida subiu de nível, inundando os arredores. A casa de Januário foi atingida, encheu de água, obrigando a família a se mudar. Foram morar no povoado do Araripe, na Fazenda Várzea Grande.
A pedido do coronel Manoel Ayres de Alencar, chefe político local, Luiz, já um caboclo taludo, vai com este a Ouricuri para tomar conta de cavalo. Chegando lá vê um fole Kock de oito baixos, marca Veado, pelo qual fica louco e passa a amolar o coronel por causa dele. No mês seguinte, repetindo a viagem, o político concorda em pagar a metade dos 120 mil réis do fole, desde que Luiz arque com o resto, o que fez sem muita dificuldade, pois a essa altura já estava ganhando tanto ou mais que o pai, para tocar.

1926

Início real de sua vida artística, quando tocou seu primeiro "samba" ganhando dinheiro. Começou também a estudar no grupo de escoteiros de um sargento da polícia do Rio de Janeiro chamado Aprígio. Seu amigo Gilberto Ayres, filho do Cel. Ayres, o convenceu a mudar-se para a cidade, deixando o Araripe. Hospedaram-se na casa de Dona Vitalina e o amigo Gilberto foi seu primeiro empresário.
1929
Conhece Nazarena, por quem se apaixona e com quem namora às escondidas. Rejeitado pelo pai da moça, de família importante, vai tirar satisfações da desfeita armado com uma faquinha, após uns goles de cana. Leva uma surra de Santana, e foge de casa para o Crato, no Ceará, onde vende sua sanfoninha de 8 baixos.
1930
Luiz Gonzaga aumenta sua idade para sentar praça no Exército, na cidade de Fortaleza. Com o advento da Revolução de 30 segue em missão militar pelo Brasil como soldado Nascimento. Mestre Januário consegue reaver a sanfona vendida no Crato por 80 mil réis, através de um amigo, o Sr. José Lindolfo.
1931
Após o término do tempo legal de serviço militar, o soldado Nascimento escolhe continuar servindo no Exército, instituição que representou o papel de uma grande e importante escola. Nas horas vagas acompanhava, pelos programas de rádio, os sucessos musicais da época.
1933
Por não conhecer a escala musical, é reprovado num concurso para músico numa unidade do exército, em Minas Gerais. Vira soldado-corneteiro e ganha o apelido de “bico de aço”.
1936
Gonzaga aprende a tocar sanfona de 120 baixos em Minas Gerais, com um soldado de polícia chamado Domingos Ambrósio. Para treinar, adquire uma sanfona de 48 baixos e aproveita as folgas da caserna para tocar em festas.
1938
Gonzaga é ludibriado por um caixeiro-viajante, a quem paga 500 mil réis em prestações mensais para adquirir uma sanfona branca, Honner, de 80 baixos. Foge do quartel, em Ouro Fino (MG), para ir buscar a sanfona em São Paulo. Lá chegando, descobre que não vendiam sanfona no endereço que o caixeiro lhe dera. Ao retornar ao hotel onde se hospedara, acaba comprando uma sanfona igualzinha à que tinha ido buscar, pelo valor das prestações que faltavam pagar, 700 mil réis, e que ele havia arrecadado com a venda da sanfona de 48 baixos.
1939
Luiz Gonzaga dá baixa das Forças Armadas, impulsionado por um decreto que proibia para os soldados um engajamento superior a dez anos no Exército. Desembarca no Rio com bilhetes comprados para Recife, de navio, de onde pretendia voltar de trem para o Exu. Enquanto aguardava a chegada do navio que o levaria ao Recife, resolve conhecer o Mangue, o bairro boêmio vizinho. E lá, com sua sanfona Honner branca, faz sucesso tocando valsas, tangos, choros, foxtrotes e outros ritmos da época. Através de um músico amigo, o baiano Xavier Pinheiro, casado com uma portuguesa, Gonzaga vai morar no morro de São Carlos, à época tranqüilo reduto português no Rio.
Explode a segunda Guerra Mundial. O Brasil é literalmente invadido pela música estrangeira, principalmente a Norte Americana.Conhece o violonista Sepetiba. É o ano em que se apresenta pela primeira vez em um palco, no cabaré O Tabu na rua Mem de Sá.

1940

Como outros artistas disputa à duras penas um lugar ao Sol. Toca todo tipo de música, de Blues a Fox Trotes; imita artistas famosos da época, como Manezinho Araújo, Augusto Calheiros e Antenógenes Silva. Começa a apresentar-se em programas de rádio, como calouro. Luiz Gonzaga modifica o seu repertório, pressionado por estudantes cearenses, e consegue tirar nota máxima no programa Calouros em desfile, de Ary Barroso, na Rádio Tupi, executando a música Vira e Mexe, um “xamego” (chorinho) lá do seu pé-de-serra. Pouco tempo depois vai trabalhar com Zé do Norte no programa A hora sertaneja, na Rádio Transmissora. Chega ao Rio seu irmão José Januário Gonzaga (Zé Gonzaga), fugindo da seca devastadora e trazendo um pedido de ajuda por parte de Santana. Zé Gonzaga passa a morar com o irmão.

1941

5 de março. Data da primeira participação de Luiz Gonzaga numa gravação da Victor, atuando como sanfoneiro da dupla Genésio Arruda e Januário França, na “cena cômica” A viagem de Genésio. Seu talento chama a atenção de Ernesto Augusto Matos, chefe do setor de vendas da Victor. E no dia 14 de março Luiz Gonzaga grava, assinando pela primeira vez como artista principal, e exclusivo da Victor, quatro músicas que são lançadas em dois 78 rotações.
É publicada a primeira reportagem sobre Luiz Gonzaga na revista carioca Vitrine, com o título Luiz Gonzaga, o virtuoso do acordeom. Ainda em 41, Gonzaga grava mais dois 78 rotações.
O sucesso havia chegado, e Gonzaga já era chamado como “o maior sanfoneiro do nordeste, e até do Brasil”.
O Estado Novo comemora seu quarto aniversário. Vai ao ar a primeira radionovela brasileira: Em Busca da Felicidade.
Nos anos seguintes grava cerca de 30 discos 78 rpm, muitos choros, valsas e mazurcas, todos em solo pois a Victor insiste em não lhe permitir cantar em seus discos, que até então eram só instrumentais. Inicia na Rádio Clube do Brasil para onde foi levado por Renato Mource, substituindo Antenógenes Silva no programa Alma do Sertão. A firma era na época a Victor.
Também neste ano conheceu César de Alencar na Rádio Clube do Brasil, quando o mesmo era o locutor do programa Alma do sertão sob o comando de Renato Mource. Foi quando apareceu Dino, violonista de sete cordas que tinha a mania de apelidar todo mundo. Ao ver a cara redonda de Luiz Gonzaga Dino imediatamente o chamou de Lua.

Nasce em Garanhuns José Domingos de Morais que viria a ser o sanfoneiro Dominguinhos, de quem Luiz Gonzaga se tornou um segundo pai e que o tratava como "pai impostor". Luiz Gonzaga começa a fazer sucesso e as emissoras de rádio a se interessar, de fato, pelo novo cartaz. Enquanto isso, o Brasil declara guerra à Alemanha e seus aliados.

1943

Trazido pelas mãos do radialista Almirante - que também foi responsável pela descoberta de Gonzaga - o sanfoneiro catarinense Pedro Raimundo estréia na Rádio Nacional com suas roupas de gaúcho. Inspirado nele, Gonzagão passa a se apresentar vestido de nordestino. Nessa época, irritado com a interpretação dada por Manezinho Araújo para a sua "Dezessete e Setecentos", parceria com Miguel Lima, o sanfoneiro passa a cantá-la. Chovem cartas pedindo que ele continue cantando.

1944

É despedido da Rádio Tamoio e, imediatamente, contratado por Cr$ 1.600,00 pela Rádio Nacional, onde o então radialista Paulo Gracindo divulga seu apelido "Lua", por causa do seu rosto redondo e rosado. Ataulfo Alves e Mário Lago são os destaques do ano na área musical, com Atire a Primeira Pedra.

1945

Consegue então o que desejava. Grava seu primeiro disco tocando e cantando, a mazurca Dança Mariquinha, parceria com Miguel Lima, primeira gravação com o dito e chama a atenção pelo timbre de voz e desenvoltura no cantar. Nesse mesmo ano, e ainda em parceria com Lima grava outros dois discos interpretando Penerô Xerém e Cortando Pano.
Querendo dar um rumo mais nordestino para suas composições, Gonzagão procura o maestro e compositor Lauro Maia, para que este coloque letras em suas melodias. Maia porém apresenta-lhe o cunhado, o advogado cearense Humberto Cavalcanti Teixeira, com quem Luiz Gonzaga viria a compor vários clássicos.
No dia 22 de setembro, nasce de uma relação com a cantora Odaléia Guedes dos Santos o Seu filho Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior
1946
No mês de outubro o conjunto Quatro Ases e um Coringa, da Odeon, acompanhado pela sanfona de Luiz Gonzaga, grava a segunda parceria de Gonzaga e Humberto Teixeira, a música Baião, sucesso em todo país.
Depois de receber a visita de Santana, Gonzaga volta à sua terra, Exu, após 16 anos ausente. No retorno para o Rio, passa pela primeira vez no Recife, participando de vários programas de rádio e muitas festas. Nesse momento conhece Sivuca, Nelson Ferreira, Capiba e Zé Dantas, estudante de medicina, músico por vocação, apaixonado pela cultura nordestina.
1947
Luiz Gonzaga grava em março o 78 rpm que se tornaria um clássico da música brasileira: a toada Asa Branca, sua terceira parceria com Humberto Teixeira, inspirado no repertório de tradição oral nordestina.
A partir desse ano, Luiz Gonzaga adota o chapéu de couro semelhante ao usado por Lampião, a quem tinha verdadeira admiração, à sua apresentação artística, - embora a Rádio Nacional ainda não o permitisse apresentar-se ‘como cangaceiro’ nos seus programas - assumindo, ao mesmo tempo em que também plasmava, a identidade nordestina no cenário nacional.
Num domingo de julho, Gonzaga conhece na Rádio Nacional, a contadora Helena das Neves Cavalcanti, e a contrata para ser sua secretária. Rapidamente o namoro acontece, e Gonzaga pensa em casar.
Neste ano aconteceu o primeiro encontro de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, no Recife.
1948
No dia 16 de junho Luiz Gonzaga e Helena casam-se no Rio de Janeiro, e passam a morar, juntamente com a mãe de Helena, dona Marieta, no bairro de Cachambi.
1949
Aproveitando uma folga entre as gravações, Luiz Gonzaga leva a esposa e sogra para conhecerem o Araripe, e sua terra Exu. Porém, interrompem a viagem quando estavam no Crato, por causa das desavenças e mortes entre os Sampaio e os Alencar. A grande violência que marcava a disputa entre os clãs rivais ameaçava sua família, ligada aos Alencar. Preocupado, Gonzaga aluga uma casa no Crato, para onde leva seus pais e irmãos, enquanto preparava a mudança de sua família para o Rio de Janeiro, o que ocorreu ainda em 49.
1950
Em janeiro, o médico formando Zé Dantas chega ao Rio, a fim de prestar residência no Hospital dos Servidores, para alegria de Gonzaga, que vai esperá-lo na plataforma da estação de trem. Nesse ano, Luiz Gonzaga lançou, gravando ou cedendo para outros intérpretes, mais de vinte músicas inéditas, a maioria parcerias com Humberto Teixeira e Zé Dantas que se tornariam clássicos da MPB. Em junho lança a música A dança da moda, parceria com Zé Dantas que retratava a febre nacional pelo baião.
1951
Luiz Gonzaga já era o consagrado ‘Rei do Baião’, e o advogado Humberto Teixeira o ‘Doutor do Baião’!
Em maio Luiz Gonzaga sofre um grave acidente de carro, junto com seus músicos: João André Gomes, apelidado Catamilho, do zabumba, e Zequinha, do triângulo, o que motivou a composição Baião da Penha e uma reportagem especial na revista O Cruzeiro.
Humberto Teixeira candidata-se a Deputado Federal, e recebe o apoio do parceiro.
Durante todo o ano de 51 Gonzaga foi convidado permanente da série No Mundo do Baião, produzido por Zé Dantas, parte das atrações do Departamento de Música Brasileira da Rádio Nacional, cuja direção era de Humberto Teixeira. Gonzaga havia aproximado os dois parceiros, mas essa convivência era difícil e durou pouco tempo.
Foi No Mundo do Baião que Luiz Gonzaga coroou, com chapéu de couro, Carmélia Alves como Rainha do Baião. Ela interpretava o baião com acompanhamento de orquestra, e levava a música do Rei para as boates e ambientes da elite.
Um jornal carioca publica que "Luiz Gonzaga velho e superado, acaba de assinar contrato com uma firma para viajar pelo Brasil". Puro preconceito, pois Gonzaga reinou soberano de 45 a 55, 56. As 17 prensas da RCA Victor trabalhavam exclusivamente para ele.
Em março deste ano encerrou seu contrato com a Rádio Nacional e firmou um novo com a Rádio Mayrink Veiga, mesmo oficialmente vinculado à Rádio Cultura de São Paulo.
1952
Outubro de 1952, data do 71º disco da carreira de Gonzaga, o último 78 rpm com Humberto Teixeira, músicas já lançadas em anos anteriores.
Hervê Cordovil é apresentado à Gonzaga por Carmélia Alves, e tornam-se parceiros.
Luiz Gonzaga e Helena adotam uma menina: Rosa Maria.
1953
Catamilho é afastado por Gonzaga do seu conjunto, e Zequinha o acompanha. Gonzaga contrata Jurai Nunes, o Cacau, para tocar zabumba, e Oswaldo Nunes Pereira, o Xaxado para o triângulo. Mais tarde, por causa de sua baixa estatura, Xaxado seria apelidado de Salário Mínimo.

1954

Luiz Gonzaga reencontra Neném, mais tarde Dominguinhos, aos 14 anos, no Rio de Janeiro.

Gonzagão convida Jackson do Pandeiro e sua mulher Almira, para morarem no Rio de Janeiro. Fariam grande sucesso com seus cocos e são considerados o lado urbano da música nordestina, enquanto Gonzaga seria o agreste.
Já no Sertão Pernambucano, em Serrita, nas Caatingas do sítio Lages, era encontrado morto, no dia 08 do mês de Julho, o vaqueiro Raimundo Jacó, primo de Luiz Gonzaga, fato que depois viria a originar a Missa do Vaqueiro.

1955

Luiz Gonzaga grava seus primeiros discos compactos de 45 rpm.
Também neste mesmo ano gravou o seu primeiro LP de 10 polegadas, 33 rpm, pela RCA Victor. Uma Compilação dos disco de 78 RPM.
Luiz Gonzaga apresenta o trio formado por Marines, Abdias e Chiquinho, que ficou conhecido como Patrulha de Choque Luiz Gonzaga.

1956

A Lei 1544/56, de autoria do então Deputado Federal Humberto Cavalcanti Teixeira, que limita a execução de músicas estrangeiras no Brasil é aprovada.
Começo das tentativas de aproximação do vaqueiro Zé Marcolino - José Marcolino com o Rei do Baião, através de correspondências que, segundo o próprio nunca chegaram às suas mãos. O encontro pessoal se daria mais tarde no ano de 1960.
Marinês é coroada Rainha do Xaxado na Rádio Mayrink Veiga.
A cantora japonesa Keiko Ikuta grava as músicas Baião de Dois e Paraíba.

1957

Grava o primeiro disco com composição de Onildo Almeida. Em um lado A Feira de Caruaru e no outro Capital do Agreste de Onildo Almeida e Nelson Barbalho.

1958

Começa o apogeu da Bossa Nova com João Gilberto, Tom Jobin, Vinícius e outros. O movimento cresce com adesão de Carlos Lira, Roberto Menescal, Baden e outros mais. Luiz Gonzaga por sua vez gravou seu primeiro LP de 12 polegadas, 33 rpm. Pela RCA Victor. XAMEGO
1960
11 de junho: morre Santana, vitimada pela doença de Chagas, no Rio de Janeiro.
05 de novembro: Januário, aos 71 anos, casa-se com Maria Raimunda de Jesus, 32 anos, no Exu.
Gonzaga participa, gratuitamente, da campanha de Jânio Quadros à Presidência da República.

1961

Luiz Gonzaga entra para a Maçonaria. Neste ano compõe com Lourival Silva e grava Alvorada de Paz, em homenagem ao então Presidente da República Jânio Quadros, que renunciaria sete mêses após assumir a Presidência.
Conheceu pessoalmente José Marcolino - o Zé Marcolino, de quem gravaria depois várias obras.
Gonzaguinha vai morar com o pai em Cocotá, Rio de Janeiro.
Luiz Gonzaga torna-se maçom, e sofre outro acidente de carro, ferindo gravemente o seu olho direito.
1962
11 de março: morre Zé Dantas, aos 41 anos.
Luiz Gonzaga conhece João Silva.

1963

De sua parceria com Nelson Barbalho grava A Morte do Vaqueiro no mesmo ano conhece o poeta popular cearense Patativa do Assaré . O clima político é tenso, e os brasileiros decidem em plebiscito a volta do sistema presidencialista.
Luiz Gonzaga teve sua sanfona Universal, preta, roubada. Antenógenes Silva, seu amigo e afinador, lhe empresta uma sanfona branca. A partir de então, adota a cor branca para suas sanfonas, e a inscrição “É do povo” em todos os seus instrumentos.

1964

Grava a composição A Triste Partida de Patativa do Assaré. O sucesso é total principalmente junto ao nordestino que vive no Sul. Grava também, no LP O Sanfoneiro do Povo de Deus a primeira composição de Gonzaguinha, "Lembrança de Primavera".

1965

Asa Branca é gravada por Geraldo Vandré em seu Lp "Hora de Lutar". Gilberto jovem, um compositor jovem da Bahia começa a citar Luiz Gonzaga em suas entrevistas, como uma de suas maiores influências. Mais adiante Luiz Gonzaga gravaria duas composições de Vandré (Para Não Dizer Que Não Falei das Flores e Fica Mal Com Deus), como retribuição.

1966

Sinval Sá lança o livro O Sanfoneiro do Riacho da Brígida - Vida e Andanças de Luiz Gonzaga - O Rei do Baião. O sanfoneiro é impedido de cantar no festival FIC 66, a música São os do Norte Que Vêm, de Capiba e Ariano Suassuna.

1968

Um pouco fora de destaque no cenário musical, Luiz Gonzaga viu seu nome novamente em ascensão depois que, nesta ano, Carlos Imperial espalhou no Rio de Janeiro que o conjunto Inglês The Beatles acabara de gravar a música Asa Branca. Não era verdade, mas foi o que bastou para que Gonzaga voltasse às manchetes. E por um longo tempo Gonzaga sempre falou em entrevistas, do interesse "dos cabeludos de Liverpool por essa música". Luiz Gonzaga é destaque na 1ª edição da Revista Veja, em 11 de setembro, com a matéria Gonzaga: a volta do Baião.
Luiz Gonzaga conhece Edelzuíta Rabelo numa festa junina em Caruaru.

1970

Para os anos 70 estava reservada a explosão dos ritmos estrangeiros, particularmente o Rock'n'roll, oriundo dos anos 50, onde encontrava defensores como Cely e Tony Campelo, Carlos Gonzaga, etc. Era a presença em nossa música os Beatles, ingleses. Dos Estados Unidos chegava a música de Elvis Presley. No Brasil era a vez de Roberto Carlos que já vinha com o seu programa Jovem Guarda. Carlos Imperial, Erasmo Carlos etc., davam força ao movimento.

1971

Lança o LP "O Canto Jovem de Luiz Gonzaga". O produtor Rildo Hora alega que "este disco não é para sucesso e sim uma homenagem para a juventude.” Em Londres Caetano Veloso grava Asa Branca, assim como Sérgio Mendes e seu Brasil 77. É o ano do primeiro contato do então desconhecido Fagner com Luiz Gonzaga, no Rio. O sanfoneiro apresenta-se em Guarapari fazendo sucesso entre os hippies de então.
Foi também do ano de 1971 que, por iniciativa do Padre João Câncio, com o apoio do cantor Luiz Gonzaga - primo de Raimundo Jacó - e pelo poeta Pedro Bandeira, famoso repentista do Cariri, realizou-se a primeira Missa do vaqueiro, no sítio Lages, na cidade de Serrita, em pleno sertão Pernambucano, como homenagem a Raimundo Jacó, que teria sido morto morto por um companheiro, e principalmente em forma de tributo ao vaqueiro nordestino. Mas a principal preocupação do Pe. Joâo Câncio era trazer de volta para a igreja os vaqueiros. Com a celebração o Padre Vaqueiro conseguiu ver seu desejo realizado.

1972

Pelas mãos de Capinam apresenta o espetáculo "Luiz Gonzaga Volta Para Curtir" no Teatro Teresa Raquel, no Rio de Janeiro. Sob a direção de Jorge Salomão e Capinam, o delírio é total, e é a primeira vez que Gonzagão enfrenta uma platéia somente de jovens.

1973

Deixa a RCA Victor e passa para a Odeon, por um breve espaço de tempo, embalado pelo sucesso reconquistado. Tenta lançar sua candidatura a deputado Federal pelo então MDB mas desiste logo da idéia, quando sentiu que os votos que obteria seria em troca de favores. Inezita Barroso grava Asa Branca como também o cantor grego Demis Roussos, sob nome de White Wings, com letra em inglês.
O então Governador de Pernambuco Eraldo Gueiros Leite, seriamente preocupado com o clima de discórdia e violência reinante em Exu, pediu para que Luiz Gonzaga tentasse apaziguar os conflitos entre famílias tradicionais daquela cidade. Neste mesmo ano por iniciativa da Prefeitura do Município de Serrita, foi erigida a estátua de Raimundo Jacó, esculpida por Jota Mendes, artista de Petrolina.
Também neste ano grava seu primeiro LP pela Emi Odeon.

1974

É construído o Parque Nacional do Vaqueiro, e criada em 24 de Outubro desse mesmo ano a Associação dos Vaqueiros do Alto Sertão Pernambucano.
1975
Luiz Gonzaga reencontra Edelzuíta, o grande amor da fase final de sua vida.

1976

O Projeto Minerva dedica um especial à obra de Luiz Gonzaga. Neste mesmo ano grava seu primeiro compacto simples de 33 rpm pelo selo Jangada, com a música Samarica Parteira de Zé Dantas. A música ocupou as duas faces do disco.

1977

Estréia no "Seis e Meia", no Teatro João Caetano ao lado de Carmélia Alves. O sucesso é total, inclusive com grande afluência de jovens ao Teatro.

1978

É lançado no mercado um disco como forma de menção especial a Luiz Gonzaga, - a Grande Música do Brasil, a Grande Música de Luiz Gonzaga, pela Copacabana, produzido por Marcus Pereira com arranjos e direção de orquestra a cargo do maestro Guerra Peixe. É uma versão sinfônica de clássicos da obra de Luiz Gonzaga. Foi também o ano da morte de Januário, no dia 11 de Junho.

1979

Morre o compositor, advogado e instrumentista Humberto Teixeira. E Luiz Gonzaga grava o Disco Eu e Meu Pai em homenagem a Januário.

1980

Em Fortaleza, depois de ser literalmente atropelado pêlos seus fãs e por fiéis da igreja, Luiz Gonzaga canta para o Papa João Paulo II. Recebe do sumo pontífice a expressão - Obrigado Cantador. Foi um dos mais emocionantes e gratificantes momentos da vida do sanfoneiro, que novamente pensou em candidatar-se a política, mas desistiu aconselhado por amigos.

1981

A RCA Victor presta-lhe significativa homenagem pelo marco de seus 40 anos de carreira, com o lançamento do disco A Festa:
Apresenta-se no festival de verão do Guarujá, na praia de Pitangueiras, ao lado do veterano Osmar Macedo, co-fundador do Trio Elétrico Dodô e Osmar. Neste mesmo ano visita o então Presidente da República Aureliano Chaves, pedindo-lhe que intervenha em Exu, devido às rixas entre as famílias Saraiva, Alencar e Sampaio, fato que acontece poucos dias depois terminando com uma rivalidade que já durava alguma décadas.
E através do decreto do poder executivo estadual 7.549, de 09 de novembro de 1981, foi nomeado interventor de Exu o major PM Jorge Luiz de Moura, decreto este publicado no Diário Oficial número 209, do dia 10 de novembro.
Grava Junto com Gonzaguinha o Disco Descanso em Casa , Moro no Mundo. Os dois fizeram juntos incríveis apresentações por todo Brasil.

1982

Atendendo convite da cantora Nazaré Pereira, viaja para a França apresentando-se em Paris no teatro Bobinot. A cantora fazia sucesso com a música Cheiro da Carolina e decidiu levar o Rei para a França o conhecer. Na platéia, entre outros, estavam Maria Bethânia, Celso Furtado e o ex-ministro Nascimento e Silva.
A partir desse ano, Luiz Gonzaga passa a assinar como Gonzagão quase todos os seus disco, forma como havia sido chamado por ocasião de sua turnê com Gonzaguinha.

1983

Lança o disco 70 anos de sanfona e simpatia.
1984 Gonzaga recebe o primeiro disco de Ouro com o LP Danado de Bom, no qual tinha João Silva por principal parceiro, e que receberia um segundo Disco de Ouro em seguida. João Silva seria seu grande parceiro, a partir de então. Gonzaga recebe o Prêmio Shell.
Luiz Gonzaga canta no disco de Gal Costa - Profana em uma faixa em homenagem a Jackson do Pandeiro. Grava seu primeiro LP com o Cearense Raimundo Fagner.
1985É agraciado com o troféu Nipper de Ouro. Além dele, somente o cantor Nelson Gonçalves recebe tal troféu.

1986
Luiz Gonzaga participa do festival de música brasileira na França, Couleurs Brésil, evento que inaugura o programa dos anos Brasil-França 86-88. O Rei do Baião apresentou-se na Grande Halle de La Villette no show de encerramento, junto com outros artistas brasileiros, para um público aproximado de 15 mil pessoas.
O LP Forró de Cabo a Rabo, deu a Luiz Gonzaga dois discos de ouro.
1987
Luiz Gonzaga, o Gonzagão, recebe pela RCA o primeiro disco de platina de sua carreira, com o LP Forró de Cabo a Rabo, lançado em 1986.

1988A RCA Victor lança uma caixa luxuosa com cinco LPs, batizada de 50 Anos de Chão, produzida por José Miltom, cobrindo a carreira de Gonzaga desde as primeiras gravações instrumentais. Fagner produz o segundo LP de encontro com o Rei.
Luiz Gonzaga assina contrato com a gravadora Copacabana, que lançaria os últimos quatro LPs de sua carreira.
Em junho pede o desquite, separa-se de Helena, e assume o relacionamento com Edelzuíta Rabelo.
1989
Grava seu primeiro LP pela Copacabana, seguidos de mais três LPs, que seriam os últimos de sua carreira. No dia 06 de Junho, Luiz Gonzaga sobe pela última vez num palco, com o auxílio de uma cadeira de rodas. A platéia presente no teatro Guararapes no Centro de Convenções no Recife não podia prever que não mais veria o Velho Lua. Ao lado de Dominguinhos, Gonzaguinha, Alceu Valença e vários outros amigos e parceiros, e desobedecendo à ordens médicas. Luiz Gonzaga morreu no dia 02 de Agosto de 1989, às 05.15hs, no Hospital Santa Joana, no Recife, onde dera entrada há 42 dias. Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa do Estado e o Governo de Pernambuco decretou luto oficial por três dias.
No dia 13 de dezembro, Gonzaguinha, Fagner, Elba Ramalho, Domiguinhos, Joãozinho do Exu e Joquinha Gonzaga cantam à meia noite parabéns para Luiz Gonzaga, em Show realizado em Exu. Nesse mesmo dia, pela manhã, foi inaugurado em Exu por Domiguinhos e Gonzaguinha o Museu do Gonzagão

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Comissão de licitação: responsabilidade e juízo crítico. Aqui não há espaço para “Maria vai com as outras”

  1. Participar de comissão de licitação é coisa séria! Não raras vezes, o servidor é designado para integrar comissão de licitação, atuação essa que poderá lhe garantir o recebimento de gratificação pelo desempenho dessa nova função, se assim for previsto em norma, e, atraído pela promessa de um incremento remuneratório, nem sempre tem real consciência da responsabilidade que está assumindo.
  2. De acordo com o inciso XVI do art. 6º e art. 51, ambos da Lei nº 8.666/93, a comissão de licitação é responsável por receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes, sendo que dentre esses documentos estão os de habilitação e propostas.
  3. Observe que a comissão tem em mãos um rol de atribuições bastante complexo, a ela conferida pela Lei de Licitações. Devido à diversidade e complexidade dessas atribuições os integrantes das comissões estão constantemente sujeitos a tropeços em razão de uma má aplicação das normas ou procedimentos inerentes a essa função.
  4. Esse fato reforça a importância do constante aperfeiçoamento dos quadros de entidades da Administração por meio de cursos de capacitação oferecidos no mercado ou disponibilizados pela própria Administração com seus recursos.
  5. Vencido esse ponto, relevante destacar a importância da atuação individual dos servidores integrantes da comissão de licitação.
  6. Isso porque, como regra, o servidor que atuar de forma irregular, dando causa à prática de um ato viciado, poderá ser responsabilizado por sua conduta contrária à ordem jurídica, nas esferas civil, administrativa e criminal.
  7. Inclusive, vale apontar o art. 1º da Portaria nº 34, de 3 de fevereiro de 2012, do Tribunal de Contas da União, onde se define que o valor da multa para o exercício de 2012, na ocorrência de uma das hipóteses do art. 58 da Lei nº 8.443/92 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União), pode chegar a R$ 41.528,52!
  8. O servidor integrante de uma CPL, então, não pode se dar ao luxo de ser uma “Maria vai com as outras” concordando com a decisão tomada pela maioria, sem antes fazer uma análise crítica da situação.
  9. Essa autonomia, em relação à tomada de decisão de cada servidor, possui grande importância face à responsabilidade solidária pelos atos praticados pela comissão.
  10. É o que se verifica no § 3º do art. 51 da Lei de Licitações: “Os membros das comissões de licitação respondem solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão”.
  11. Repare que, para nossa sorte, o dispositivo traz hipótese permitindo o afastamento da responsabilidade solidária dos integrantes da comissão, quando da posição individual divergente fundamentada e formalizada.
  12. Para tanto, vale a máxima antes afirmada, o membro da comissão não pode ser uma “Maria vai com as outras”! Caso o servidor discorde dos demais membros, e não conseguindo convencê-los de sua posição, lhe é garantido o direito de divergir, o qual será exercido e formalizado, para os fins do § 3º do art. 51, com a devida fundamentação e registro em ata lavrada na reunião em que for tomada a decisão.
  13. Por meio desse procedimento, esse membro da CPL poderá se eximir de eventual responsabilidade solidária, caso a decisão tomada em reunião seja questionada.
  14. No entanto, não basta que o membro da comissão seja da “turma do contra”, apenas contrapondo-se à vontade da maioria. O direito de divergir deve ser exercido com responsabilidade. Quando o servidor se encontrar diante de um ato que, com base em seu juízo crítico e racional, entender contrário à ordem jurídica, deverá expor os motivos que o levaram a essa conclusão na referida ata. Mesmo porque, a oposição injustificada e contrária ao ordenamento também gera responsabilização.
Texto extraído do blog http://www.zenite.blog.br/

COMPRA SEM LICITAÇÃO...



  1. A Administração Pública, campo de aplicação do Direito Administrativo contemporâneo, exerce sua atividade e cumpre seus propósitos através de uma figura jurídico-institucional que é o contrato administrativo. E, em estrita decorrência do regime republicano, e por ordem constitucional, o contrato só pode ser celebrado quando precedido de licitação, salvo hipóteses bem definidas em lei.
    A licitação representa, notoriamente, um termômetro da Administração. Quando bem formalizada, é um instrumento de melhoria do gasto público, limitador da discrição administrativa, contribuindo para a concretização dos princípios da Administração, expressos nos arts. 37 e 70 da Constituição Federal.
    O art. 37 da Constituição foi pioneiro, na história constitucional do País, ao submeter a Administração Pública direta, indireta e fundacional aos clássicos princípios do Direito Administrativo: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. A Emenda Constitucional veio, oportunamente, acrescentar o princípio da eficiência.
    Esse princípio teleológico visualiza o destinatário último da atividade administrativa, ou seja, o usuário-cidadão. Acha-se em linha de consonância com uma série de dispositivos de lei, como os arts. 6º e 7º da Lei nº 8.987/95 e a Lei nº 8.078/90, conhecida como o Código de Defesa do Consumidor. Esta já reconhecia como direito básico do consumidor a "adequada e eficaz prestação de serviços públicos em geral". Estabelece ainda o art. 22 do citado Código que os serviços decorrentes de concessão e permissão devem ser necessariamente "adequados, eficientes e seguros"; e quanto aos serviços essenciais, devem ser "contínuos". No direito brasileiro, Hely Lopes Meirelles tratou, pioneiramente, da tese da eficiência como dever da Administração:
    "Dever da eficiência é o que impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.

SEE lança edital 2013 da Lei de Incentivo ao Esporte

O programa Lei de Incentivo ao esporte foi criado pela lei nº 1.288/99 e decreto n° 4.153.09 que visa, através da Secretaria de Estado de Educação e Esporte, conceder incentivo aos projetos que englobam as dimensões sociais do esporte. O programa é uma forma de garantir o direito social dos indivíduos à prática esportiva e de lazer, contribuindo para o aumento nos índices de qualidade de vida e inclusão social da população. O programa de incentivo ao esporte atende a projetos com dimensões sociais como auto-rendimento, educação, participação e lazer tendo o esporte como referência de formação social.
apresentação e lançamento do edital 2013 aconteceu nesta quinta-feira - Foto: Cedida

A apresentação e lançamento do edital 2013 aconteceu nesta quinta-feira no auditório da Secretaria Adjunta de Esporte com a presença do Secretário de Educação e Esporte Daniel Zen, Secretário Adjunto de Esporte Mauro de Deus, gestores e desportistas proponentes ao edital 2013. Este ano o Governo do Estado disponibilizará R$ 1.300.000,00 para a distribuição nos projetos.
Este é um programa de democratização, através da participação do público que atinge várias faixas etárias tendo na prática esportiva um instrumento de educação e formação do cidadão, visando à qualidade e proporcionalidade no atendimento ao público. Adgeferson Diniz participou em 2012 com o Projeto "Treinando Futuro campeãos" na modalidade Boxe Chinês, ressalta a importância da Lei de Incentivo como forma de descobrir novos talentos no âmbito esportivo, além de promover a qualidade de vida, diminuindo os índices de criminalidade auxiliando na disciplina do ser humano.
As inscrições podem ser feitas pelo portal do esporte através do site www.esporte.ac.gov.br de 07 de Fevereiro á 10 de Março. As mudanças no formato do sistema de inscrição priorizam a transparência, qualidade, segurança e sigilo no ato da inscrição, tanto para os proponentes que este ano podem acompanhar o andamento dos projetos, como para a comissão de avaliação que tem a seguridade nas informações quanto ao objetivo e qualidade do projeto, devido à disponibilidade de um sistema de informações obtidas durante a inscrição.
O Secretário Adjunto de Esportes Mauro de Deus enfatizou algumas mudanças estabelecidas nesta edição, como a oferta de capacitação aos proponentes no certame, sendo que houve uma ampliação nas entrevistas nos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Epitaciolândia, Brasiléia, Tarauacá, Feijó e Cruzeiro do Sul que atingirá o maior número de projetos. "Queremos fomentar ainda mais esse programa, contribuindo para o incentivo ao esporte em todos os segmentos, conscientizando cada participante que o esporte é um instrumento de formação educacional."
Daniel Zen ressaltou que a SEE desenvolve ações esportivas, visando o desenvolvimento pleno do cidadão, priorizando o bem estar social aliado á saúde, lazer e entretenimento, consolidando as bases de crescimento individual e coletivo. "Nossa expectativa é proporcionar a participação da sociedade, através das políticas públicas que assegurem o direito social ao lazer e entretenimento".
Assessoria SEE

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

JORDÃO: Elson Farias assina Termo de Adesão do Programa "Prefeito Amigo da Criança"

Prefeito Elson Farias assina Termo de Adesão ao Programa Prefeito Amigo da Criança

Na ultima sexta-feira (02) o prefeito de Jordão, Elson de Lima Farias assinou o Termo de Adesão do Programa Prefeito Amigo da Criança. O Programa tem por finalidade mobilizar os prefeitos para que se comprometam a desenvolver políticas públicas nas áreas as saúde, educação e proteção, que garantam recursos no orçamento para assegurar os direitos e melhorar as condições de vida das crianças e dos adolescente em nosso município.
Nesta 5ª edição do Programa, o convite é para que os governantes comprometidos com a prioridade absoluta, fundamentada no artigo 227 da Constituição Federal, realizem seus diagnósticos.
Ao conhecer melhor a realidade do seu município, poderá traçar metas e definir prioridades, desenvolvendo a política de forma planejada, participativa, intersetorial e duradoura.


Ao assinar o termo, o prefeito compromete-se em:
*Desenvolver a política de forma planejada, participativa, intersetorial e duradoura;
*Criar e fortalecer a atuação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, Setoriais e Fundo Municipal da Criança e do Adolescente;
*Priorizar a destinação orçamentária para infância e adolescência;
*Estabelecer, ampliar e fortalecer a relação entre Executivo, Municipal, Ministério Público, Poder Judiciário, Legislativo e Organizações sociais, articulando uma rede municipal de Proteção Integral ás crianças e adolescente;
*Estimular a participação social de crianças e adolescente.
Com informações da Assessoria.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


Nove cidades acreanas estarão totalmente atendidas pelo Ruas do Povo até o fim do ano

Até o fim deste ano, nove das 22 cidades acreanas estão sendo atendidas pelo programa Ruas do Povo e terão suas vias urbanas totalmente pavimentadas ainda este ano. Essas cidades terão, também, saneamento básico com água e esgoto chegando nas residências.
 CIDADES beneficiadas são Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Senador Guiomard, Manoel Urbano,Tarauacá, Feijó e Rodrigues Alves - Foto: Arquivo

De acordo com o diretor-presidente do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Gildo César, o Ruas do Povo é o maior programa de infraestrutura do País. "Nenhum outro programa do Brasil vai zerar o déficit de pavimentação de vias urbanas em tão pouco tempo. Também não há outro, resguardando as proporções de cada Estado, que tenha tamanho alcance social", disse o diretor.
As cidades beneficiadas são Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Senador Guiomard, Manoel Urbano,Tarauacá, Feijó e Rodrigues Alves. Essas cidades terão todas as suas ruas pavimentadas em poucos meses, elevando sensivelmente a qualidade de vida da população.
Gildo César acredita que Cruzeiro do Sul poderá ser beneficiado com a pavimentação de 100% de suas ruas ainda este ano caso o período de estiagem seja favorável. "Cruzeiro do Sul tem vivido um período de chuvas muito intenso. Mas esperamos que a estiagem nos dê possibilidade para garantirmos a conclusão de todas as obras de pavimentação da cidade ainda este ano", afirmou.
O diretor lamenta, no entanto, que esteja sendo feito sensacionalismo a respeito de alguns problemas registrado em Cruzeiro do Sul. Ele reconhece que o grande volume de chuvas tenha danificado algumas ruas, mas garante que são problemas pontuais que já estão sendo resolvidos.
Gildo esclarece que, naquela cidade, em um universo de mais de 160 ruas pavimentadas, apenas três apresentaram problema. Ele alerta para a tentativa de alguns de tirar proveito político desses problemas.
 Gildo César: Ruas do Povo é o maior programa de infraestrutura do país - Foto: Gleilson Miranda
"São apenas três ruas com problemas, ocasionados, principalmente, pelos próprios moradores da ruas que causaram danos à obra antes de elas terem sido concluídas", argumenta. "Apesar disso, todas elas serão devidamente consertadas. O governo só recebe obras que estejam de acordo com as normas técnicas e que não apresentem problemas estruturais", justifica Gildo César. "Na tentativa de tirar proveito político desses casos, fizeram fotos de alguns desbarrancamento dessas ruas de vários ângulos e apresentaram em uma reportagem afirmando que se tratava de diversas ruas."
No caso de Cruzeiro do Sul, o diretor do Depasa acrescenta que certas peculiaridades dificultam o trabalho do Ruas do Povo. "Observamos que houve uma ocupação desordenada na cidade. Então, é comum nos depararmos com ruas que foram abertas em regiões de fundo de vale ou mesmo em áreas que deveriam ser de preservação permanente. Apesar disso, não nos furtamos de executar o nosso trabalho naquelas localidades, pois sabemos que a população não pode ser prejudicada".
Gildo César disse, também, que o Depasa tem tomado as devidas providências para garantir que todas as ruas pavimentadas pelo Ruas do Povo sejam entregues com a qualidade devida. Paratanto, as empresas que apresentam problema estão sendo multadas, outras estão recebendo notificações e devem corrigir os problemas nas obras sob risco deserem penalizadas.
O Ruas do Povo é um programa desenvolvido pelo governo do Estado e governo federal com recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O programa tem como meta é que todas as demais cidades tenham 100% de suas ruas pavimentadas até o final de 2014.

FONTE:http://www.pagina20online.com.br/